Artigo Acesso aberto

PARA CONHECER: Sociolinguística.

2016; Volume: 27; Issue: 1 Linguagem: Português

10.24863/rccp.v27i1.46

ISSN

2525-5576

Autores

Kaline Silva Azevedo Costa,

Tópico(s)

Linguistics and Language Studies

Resumo

O fascínio dos estudos linguísticos não perdeu o seu charme e o seu interesse, independentemente do público leitor, pois todos se interessam em saber como funciona a comunicação verbal no seio da sociedade. E esta é uma tarefa da Sociolinguística. Esta é uma ciência nova, que não tem 300 anos, porém desfruta de um apelo leitor interessante e enciclopédico. Neste caso, os autores procuraram situar os fenômenos dessa ciência ao nível de todo leitor.5 capítulos, uma Apresentação, 25 tabelas e gráficos, um poema, uma seção de biografia dos autores, um designer gráfico de capa, 2 orelhas e uma seção de Apresentação bibliográfica. Tudo isto compõe o trabalho esmerado, instrutivo e rico de textos dos autores acima referidos.A Sociolinguística é uma irmã rica de conteúdos da Filologia, da Linguística, da Psicolinguística, da Neurolinguística, da Gramática, da Teoria do Texto, da Pragmática e da Estilística. Como se observa, é uma ciência abrangente.É sempre interessante conhecermos como as pessoas usam o idioma nacional em seus contatos diários, ora utilizando variantes-padrão, ora usando gírias, ora escrevendo no discurso formal, ora fazendo poemas e prosa. Em todos esses momentos, o objetivo dos textos é agir no meio social em que trabalha o fenômeno da Sociolinguística. Neste particular os autores dão uma aula interessante sobre a variação lexical, fonológica, discursiva e estilística.À página 25, por exemplo, eles dizem:Vários estudos sociolinguísticos atestam variação fonológica em diversos fenômenos do português do Brasil. Para exemplificar esse tipo de variação, observe a troca de <lh> por <i> nas palavrasPaia (por ‘palha’), muié (por ‘mulher’), veia (por ‘velha’), foia (por ‘folha’), trabaio (por ‘trabalho’).Um ponto interessante destacado pelos autores são os condicionadores, isto é, fatores que regulam a escolha do falante. Neste caso, realça-se o repertório lexical do usuário da língua, a exemplo de esposa, mulher, companheira, ajudante, anjo etc. Estas escolhas, portanto, dizem respeito também à situacionalidade do circuito da fala e da comunicação, território por excelência do discurso.Outro ponto interessante é a análise dos estereótipos (no nosso caso, o T maranhense) de D e T; os marcadores, a exemplo de TU e VOCÊ e, finalmente, indicadores, na pronúncia do ditongo EI, como em PEIXE/ PEXE; COUVE/COVE.É uma leitura altamente recomendável ao grande público leitor que se interessa pelas louçanias da língua usada entre as classes sociais.

Referência(s)
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