A revitalização do poder tradicional e os regulados manjaco da Guiné-Bissau1
2000; Centro em Rede de Investigação em Antropologia; Issue: vol. 4 (1) Linguagem: Português
10.4000/etnografica.2734
ISSN2182-2891
Autores Tópico(s)Agriculture and Rural Development Research
ResumoNa Guiné-Bissau, após a destituição dos régulos e dos regulados em nome da construção do estado-nação, no período que se seguiu à independência, estes voltaram a ser invocados nos anos 90 enquanto as cerimónias de entronização se sucediam por todo o país. Actualmente o fenómeno da revitalização do poder tradicional é comum a numerosos países africanos, em particular na África Ocidental. Contra muitas das expectativas dos observadores da realidade africana, sobretudo no período que sucedeu de imediato às independências e à criação dos novos estados africanos nos anos 50 e 60, os chefes tradicionais não desapareceram. Pelo contrário, tornaram-se figuras proeminentes em contextos muito diversos. Neste texto é abordado o fenómeno da revitalização dos regulados guineenses, partindo de um caso específico, o dos régulos manjaco do sector de Caió, região de Cacheu, procurando inseri-lo no contexto mais vasto de renovação do poder tradicional na África Ocidental.
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