
Desempenho financeiro de empresas com características familiares: análise de empresas brasileiras listadas na BM&F
2017; Emerald Publishing Limited; Volume: 24; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1016/j.rege.2016.06.011
ISSN2177-8736
AutoresThiago Henrique Moreira Goes, Helder Henrique Martins, Cláudio Antônio Pinheiro Machado Filho,
Tópico(s)Working Capital and Financial Performance
ResumoEste estudo buscou compreender as diferenças entre o desempenho financeiro de empresas familiares listadas em bolsa frente a empresas não familiares. Para isso foram usados os referenciais de Anderson e Reeb (2003), Lee (2006) e Martínez, Stöhr e Quiroga (2007). A pesquisa teve uma natureza quantitativa por meio de um teste de média das variâncias com o uso de covariáveis (Ancova), assim como um teste de robustez a partir de duas regressões múltiplas. As variáveis dependentes foram o passivo oneroso e o lucro operacional líquido. Já as variáveis independentes foram as características da empresa (controle acionário familiar, presença de membros da família na presidência ou vice‐presidência do conselho administrativo e presença de membros da família ocupando cargos de presidência ou vice‐presidência). Como covariáveis foram escolhidas o tamanho da empresa (por meio dos ativos totais), a idade (tempo de fundação) e o setor da empresa (a partir da classificação da BM&FBovespa). Para as regressões múltiplas, as variáveis dependentes foram o valor de mercado e o valor total da empresa. Os resultados alcançados demonstraram diferenças para resultados financeiros de cada tipo de empresa. Para o passivo oneroso, a presença de atributos familiares contribuiu para uma menor recorrência do uso de capitais de terceiros. Já para o lucro operacional, o resultado das empresas com atributos familiares foi inferior ao das empresas não familiares. Nas regressões, os resultados das empresas familiares foram piores do que os das não familiares. This study sought to understand the difference between financial performance of companies with family characteristics vis‐à‐vis non‐family companies. We used the references of Anderson and Reeb (2003), Lee (2006) and Martinez et al. (2007). This research had a quantitative nature through analysis of variance with the use of covariates (ANCOVA), as well as a robustness test from two multiple regressions. The dependent variables were the costly liabilities and net operating profit. The independent variables were the company's characteristics (family ownership control, presence of family members in the presidency or vice‐presidency of the board and the presence of family members occupying positions of president or vice president). Covariates were chosen as the size of the company (through Total Assets), age (time of foundation) and the sector of the company (from the rank of BM&FBovespa). For multiple regressions, the dependent variables were the Market Value and Enterprise Value. The results obtained show differences to financial results of each type of company. For costly liabilities, the presence of familiar attributes contributed to a lower recurrence of the use of third‐party capital. In net operating profit, the results of companies with familiar attributes were lower than non‐family firms. In the regressions, the results of family firms were worse than the non‐familiar.
Referência(s)