Artigo Acesso aberto Produção Nacional

REPERTÓRIO, SEGUNDO CHARLES TILLY: HISTÓRIA DE UM CONCEITO

2012; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO; Volume: 2; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/2238-38752012v232

ISSN

2238-3875

Autores

Angela Alonso,

Tópico(s)

Social and Cultural Dynamics

Resumo

Resumo: O artigo problematiza a incorporação da dimensão cultural na explicação dos processos políticos a partir de uma reconstrução das várias formulações do conceito de repertório na sociologia de Charles Tilly, desde os anos 1970 até seus últimos trabalhos, em 2008. Mostra como Tilly partiu, em 1976, de uma noção de repertório como formas de ação reiteradas em diferentes tipos de conflito; abordagem estruturalista e racionalista, concentrada na ligação entre interesse e ação, e privilegiando atores singulares. Trinta anos depois, o conceito de repertório se apresenta relacional e interacionista, privilegia a experiência das pessoas em interações conflituosas, e o uso e a interpretação dos scripts em performances. Esta reformulação enfatiza a agency e afasta-se do estruturalismo anterior de Tilly. Argumenta-se que a interpretação de Tilly pode se aplicar à história de seu conceito, apropriado em performances de outros intérpretes. Além da sua aplicação a novos casos, repertório ganhou especificações, contestações, dilatações, e usos imprevistos.

Referência(s)