Mulheres, por que não pedalam? Por que há menos mulheres do que homens usando bicicleta em São Paulo, Brasil?

2017; Issue: 16 Linguagem: Português

10.34096/rtt.i16.3603

ISSN

1852-7175

Autores

Latícia Lindenberg Lemos, Marina Kohler Harkot, Paula Freire Santoro, Isis Bernardo Ramos,

Tópico(s)

Urban Transport and Accessibility

Resumo

Os poucos dados gerais existentes sobre o uso da bicicleta na Regiao Metropolitana de Sao Paulo indicam uma baixa representatividade feminina. No entanto, levantamentos realizados pela Associacao de Ciclistas Urbanos de Sao Paulo demonstraram um aumento consideravel na quantidade de mulheres usando bicicleta como meio de transporte nos locais onde foi implantada infraestrutura para bicicletas. Apesar de isso indicar que a oferta de infraestrutura e relevante para mulheres adotarem bicicleta como meio de transporte, o aumento nao foi uniforme no territorio, ocorrendo em maior grau em vias de ligacao entre bairros centrais e mais perifericos. Tendo como contexto a implantacao de infraestrutura para bicicleta em Sao Paulo, em contraposicao ao privilegio historico dado os modos motorizados individuais, pretende-se apresentar e analisar os dados quantitativos disponiveis sobre o padrao de mobilidade urbana em Sao Paulo, tendo como base a pesquisa Origem-Destino do Metro. Com foco sobre o uso da bicicleta comparativamente a outros modos, e com diferenciacao por genero e renda, objetiva-se debater aspectos da mobilidade com bicicleta em Sao Paulo, particularmente a feminina, e contribuir para transpor a correlacao simplista entre oferta de infraestrutura e aumento do uso da bicicleta por mulheres, alem de levantar hipoteses de fatores possivelmente considerados pelas mulheres para adotar a bicicleta como meio de transporte na cidade de Sao Paulo.

Referência(s)
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