
UMA HIPÓTESE DE FUNCIONAMENTO PSICOMOTOR COMO ESTRATÉGIA CLÍNICA PARA O TRATAMENTO DE BEBÊS EM INTERVENÇÃO PRECOCE
2017; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS; Volume: 25; Issue: 2 Linguagem: Português
10.4322/0104-4931.ctoen0864
ISSN2526-8910
AutoresDani Laura Peruzzolo, Ana Paula Ramos de Souza,
Tópico(s)Academic Research in Diverse Fields
ResumoResumo: A melhora na qualidade do serviço e resultados de pesquisas dirigidas a bebês que apresentem transtorno em seu desenvolvimento ou risco psíquico vêm alterando o perfil do paciente em Intervenção Precoce (IP).Estas mudanças estimulam os terapeutas ocupacionais a buscar interlocuções com outros campos, como a psicomotricidade.Este estudo objetiva apresentar uma construção teórica que defende a produção de uma Hipótese de Funcionamento Psicomotor para a clínica com bebê.Reúne conceitos clássicos e atuais importantes para a IP, como função materna e paterna, e a psicomotricidade, como Esquema (EC) e Imagem corporal (IC).Defende que a irregularidade psicomotora pode ser tratada a partir de uma Hipótese de Funcionamento Psicomotor, pois considera a singularidade da interpretação dos sintomas psicomotores como um anúncio do bebê sobre si e sobre o outro, pautado pelas relações familiares em que é estimulado a fazer/ser.A IC é interpretada à luz dos conceitos de função materna e paterna, para garantir o lugar de suposição de sujeito desejado.O EC é o funcionamento motor e cognitivo que anuncia o lugar psíquico em que a IC está sendo elaborada, rompendo com o tratamento comportamental para bebês.Sob a ótica de um terapeuta ocupacional, a clínica da IP construída por meio de aportes da psicomotricidade, tomada como um fazer/ser, pode ser utilizada para o tratamento de bebês que apresentam atraso no desenvolvimento, com sintomas motores, cognitivos e psíquicos que devem ser interpretados à luz de uma Hipótese de Funcionamento Psicomotor.
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