
Oito anos de análise dos dados do experimento célula solar do segundo satélite brasileiro
2016; Volume: 1; Issue: 2 Linguagem: Português
10.59627/rbens.2010v1i2.52
ISSN2526-2831
AutoresNelson Veissid, A.F. Beloto, Mario Ferreira Baruel,
Tópico(s)Photovoltaic Systems and Sustainability
ResumoO segundo satélite Brasileiro (SCD2) foi colocado em órbita em Outubro de 1998 e carrega a bordo um experimento de células solares de silício (ECS). O objetivo principal do ECS é o de qualificar em missão e confirmar a confiabilidade das células solares que foram projetadas e fabricadas no Brasil. O ECS é um pequeno módulo composto de um arranjo de três pares de células solares acondicionadas numa estrutura mecânica de alumínio. Os três sinais gerados pelos pares de células são amplificados por um circuito elétrico localizado dentro da estrutura mecânica e são repassados para a telemetria do satélite, que transmite em digital seu valor para a estação receptora em Cuiabá-MS. Cada par de células simula o funcionamento da célula solar em três diferentes situações: tensão de circuito aberto, corrente de curto circuito e tensão de máxima potência. Um termistor colocado sob a estrutura mecânica monitora a temperatura do ECS. Os quatro canais (três de sinal e um de temperatura) são recebidos em tempo real e eles permitem recuperar as curvas de corrente por tensão nas condições padrões de temperatura e intensidade solar (25 C e AM0). Desta forma, pode-se calcular a degradação dos parâmetros elétricos da célula solar durante a vida do satélite. Este trabalho apresenta a análise dos dados recebidos pela telemetria durante os oito primeiros anos de vida do satélite SCD2. Neste período, podemos dizer que os danos de radiação sofridos pelas células solares provocaram uma diminuição relativa de 2,6% na eficiência, de 1,0% na corrente de curto circuito e de 1,7% na tensão de circuito aberto, em relação aos seus valores de inicio de vida. Estes valores de degradação são menores do que os esperados, conforme dados apresentados na literatura. Por exemplo, para o período de oito anos e condições de órbita do satélite, era esperado uma degradação relativa de 7% na eficiência de conversão e os dados do experimento revelaram umadegradação menor do que a metade do valor esperado.
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