O “POEMÃO” E A “FIGURINHA”

2005; Volume: 6; Issue: 10 Linguagem: Português

ISSN

1981-4755

Autores

Débora Racy Soares,

Tópico(s)

Cultural, Media, and Literary Studies

Resumo

Entender a poesia da geracao denominada pela critica brasileira de “marginal dos anos 70” exige um duplo olhar que nasce do entrecruzamento da poetica e da politica. Ao pensar essa poesia ha que se considerar as condicoes de producao em uma epoca de “verdes negros anos”, como diz Cacaso, bem como o modo como elas sao problematizadas estetica e materialmente. Os poetas lancam mao de estrategias como o “poemao” e o embacamento da autoria poetica, as quais lhes permitem existir e resistir em tempo de “Brasil politico”, como dizia Ferreira Gullar. A participacao do autor nas diversas etapas de producao e distribuicao dos livros e um dado importante, pois assegura a aproximacao do poeta com seu publico leitor, especie de cumplice, e garante a circulacao dos livros. Em um dado momento, parece ter sido mais importante assegurar o trânsito do livro de mao em mao, forma de resistencia poetica e politica, do que primar pelo acabamento dos versos. Pensaremos essas questoes a luz dos escritos de Antonio Carlos de Brito (Cacaso), Roberto Schwarz, Alfredo Bosi, Heloisa Buarque de Hollanda, Zuenir Ventura, Carlos Alberto Messeder Pereira, Glauco Mattoso, Flora Sussekind e Ricardo de Carvalho Duarte (Chacal).

Referência(s)