
MEMÓRIA E UTOPIA NA CENA TEATRAL
2012; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO; Volume: 2; Issue: 4 Linguagem: Português
10.1590/2238-38752012v2411
ISSN2238-3875
AutoresHeloísa Pontes, Sérgio Miceli,
Tópico(s)Brazilian cultural history and politics
ResumoResumo: Memória e utopia, transmutadas em linguagem teatral, renovam a apreensão da relação entre dramaturgia e experiência social. Em A moratória (1955) e Rastro atrás (1966), a lembrança do descenso da família de Jorge Andrade impregna a fala dos personagens e dos objetos que os cercam. Neles se inscreve a história da família e da oligarquia agrária a que pertenceu o dramaturgo. A peça de Gianfrancesco Guarnieri, Eles não usam black-tie (1958), ativou os sonhos de uma geração sobre o potencial da cultura na reordenação da sociedade. O operariado estreou nos palcos da metrópole pelo drama de uma família tensionada pela greve, pelo conflito geracional e pela luta de classes. Eis a prova do relevo da cena teatral numa conjuntura excepcional de transformação da cultura brasileira, sinalizada pelo cinema novo e pelo intrincado entrelaçamento do teatro, com o rádio e com o início da televisão no país.
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