Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Acidentes de transporte terrestre: estudo Carga Global de Doenças, Brasil e unidades federadas, 1990 e 2015

2017; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA; Volume: 20; Issue: suppl 1 Linguagem: Português

10.1590/1980-5497201700050013

ISSN

1980-5497

Autores

Roberto Marini Ladeira, Déborah Carvalho Malta, Otaliba Libânio de Morais Neto, Marli de Mesquita Silva Montenegro, Adauto Martins Soares Filho, Cíntia Honório Vasconcelos, Meghan Mooney, Mohsen Naghavi,

Tópico(s)

Maternal and Neonatal Healthcare

Resumo

RESUMO: Objetivo: Descrever a carga global dos acidentes de transporte terrestres no Brasil e Unidades Federadas, em 1990 e 2015. Métodos: Análise dos dados secundários das estimativas do estudo Carga Global de Doenças 2015. Utilizam-se as estimativas de taxas padronizadas de mortalidade e anos de vida perdidos por morte ou incapacidade, anos potenciais de vida perdidos por morte prematura, e anos de vida não saudáveis. O Sistema de Informações sobre Mortalidade foi a principal fonte de dados de óbitos. Houve a correção do sub-registro e ajustes por códigos garbage. Resultados: No ano de 2015 foram estimados 52.326 óbitos por acidentes de transportes terrestres no Brasil. De 1990 a 2015, as taxas de mortalidade diminuíram de 36,9 para 24,8/100 mil habitantes, redução de 32,8%. Tocantins e Piauí têm os maiores riscos de mortalidade entre as unidades federadas (UF), com 41,7 e 33,1/100 mil, respectivamente. Ambos também têm as maiores taxas de anos potenciais de vida perdidos por morte prematura. Conclusão: Os acidentes de transportes terrestres constituem um problema de saúde pública. Utilizar anos de vida perdidos ajustados por morte ou incapacidade nos estudos dessas causas é importante, pois não existem fontes para conhecer a magnitude da incapacidade nem o peso das mortes precoces. O estudo Carga Global de Doenças, ao atualizar os dados anualmente, poderá fornecer evidências para a formulação de políticas de segurança no trânsito e de atenção à saúde, orientadas para as necessidades das UF e de diferentes grupos de usuários do trânsito.

Referência(s)