Maiakóvski em Cuba: a visão dos trópicos em Minha descoberta da América, Sou Cuba, Tristes Trópicos e Hitler, Terceiro Mundo
2017; Unversidade Federal do Rio de Janeiro; Volume: 19; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/1517-106x/2017192203229
ISSN1807-0299
Autores Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoResumo Este artigo explora a ideia do “exótico” como um entre-lugar entre o novo e o familiar. É através desse lugar intermediário que Vladímir Maiakóvski, em um poema da Minha Descoberta da América, chega ao âmago dos problemas socioeconômicos de Cuba, que Fernando Ortiz analisará quinze anos mais tarde no seu Contraponto cubano do tabaco e do açúcar. Serguei Urussévski, o diretor de fotografia de Sou Cuba, assim como Claude Lévi-Strauss, em Tristes Trópicos, têm que recorrer à ressaltada artificialidade das imagens para expressar “o exótico” dos trópicos. Analisando a obra do escritor e diretor brasileiro, José Agrippino de Paula, o artigo examina como tais maneiras de representar “o exótico” obriga os “habitantes” dos trópicos a duplamente exotizar e marginalizar sua autorrepresentação, para poder re-criar sua arte e identidade por meio da antropofagia, ou tropicalismo, marginal.
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