"Não adianta insultar os patrões": sindicatos, nacionalismo e o ambiente de trabalho em Gana, 1950-1987
2017; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; Volume: 8; Issue: 16 Linguagem: Português
10.5007/1984-9222.2016v8n16p95
ISSN1984-9222
Autores Tópico(s)Political and Social Issues
Resumohttp://dx.doi.org/10.5007/1984-9222.2016v8n16p95As lutas pelo controle do local de trabalho não envolvem apenas a força de trabalho e a administração, pois são frequentemente influenciadas por questões políticas mais amplas e pela intervenção direta do Estado. Este trabalho explora a complexa interação entre trabalhadores, força de trabalho organizada, administração, política e governo em Gana durante os períodos colonial e póscolonial, entre 1948 e 1987, tomando a Unilever, subsidiária da UAC, como caso de estudo. E delineia como, a partir da década de 1950 até o início dos anos de 1980, o controle do Estado sobre as relações de trabalho reduziu o espaço de negociação entre os sindicatos e a gestão da empresa em Gana. Esse sistema foi rapidamente desmantelado depois de 1982, primeiro por um governo revolucionário que incentivou a participação direta dos trabalhadores em detrimento do trabalho organizado, depois pelas reformas neoliberais de livre mercado. Essas últimas reformas restabeleceram o "direito da administração à gestão". No entanto, após décadas de oportunidades limitadas para negociar, a administração da empresa não tinha experiência nem as habilidades necessárias para exercer uma efetiva liderança, e a força de trabalho organizada havia sido desestabilizada.
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