Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Conhecimento dos cirurgiões-dentistas do município de Capão da Canoa sobre o atendimento a pacientes oncológicos

2017; UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO; Volume: 21; Issue: 3 Linguagem: Português

10.5335/rfo.v21i3.6435

ISSN

2318-843X

Autores

Luara Zanini, Marcylene Arruda Braz, Naiara Leites Larentis, Julia Itzel Acosta Moreno Vinholes,

Tópico(s)

Public Health in Brazil

Resumo

Objetivo: avaliar, por meio de um questionário, o nível de conhecimento do cirurgião-dentista sobre o atendimento a pacientes oncológicos. Sujeitos e método: foram distribuídos 51 questionários no município de Capão da Canoa, RS, sendo que 23 foram respondidos. Resultados: a maioria dos profissionais usa clorexidina 0,12% como antisséptico bucal durante o atendimento a pacientes em tratamento de quimioterapia e/ou radioterapia, e não faria exodontia de terceiros molares e dentes parcialmente erupcionados nesses pacientes. Ainda, 52,17% não indicariam colocação de implantes após a terapia radioterápica, os demais indicariam, no mínimo, após um ano do tratamento. Para a realização de exodontias e evitar a osteorradionecrose, 21,73% só fariam após 6 meses, 39,13% após 1 ano e o restante após 3 anos ou mais. Para infecções fúngicas, o medicamento mais apontado foi a Nistatina. No caso de infecções virais, a maioria não respondeu. Dos entrevistados, 43,47% não saberiam fazer o diagnóstico de mucosite, já quanto ao seu tratamento, a maioria não respondeu. A xerostomia foi a complicação bucal mais apontada entre os problemas que esses pacientes podem apresentar, sendo as infecções também bastante citadas. Para que essas alterações possam ser diagnosticadas precocemente e se saiba como agir durante o tratamento dos pacientes oncológicos, os entrevistados responderam que é necessário verificar as condições bucais do paciente antes do início do tratamento radioterápico e fazer contato com o médico responsável para saber do estado de saúde geral do paciente. Conclusão: muitos dentistas ainda têm dúvidas sobre o atendimento a pacientes oncológicos, não sabendo realizar um protocolo para o atendimento desses.

Referência(s)