Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

A diní­¢mica sazonal das pescarias de pequena escala na Amazônia é definida pelo pulso hidrológico

2017; INSTITUTO DE PESCA - APTA - SEC. DE AGR. E ABAST. - SP; Volume: 43; Issue: 2 Linguagem: Português

10.20950/1678-2305.2017v43n2p207

ISSN

1678-2305

Autores

Raniere Garcez Costa Sousa, Lucirene Aguiar de Souza, Márcia Elane FRUTUOSO, Carlos Edwar de Carvalho Freitas,

Tópico(s)

Aquaculture Nutrition and Growth

Resumo

O presente estudo analisou a diní­¢mica de uma pescaria de pequena escala na Amazônia em associação com o ciclo hidrológico. Dados de desembarque pesqueiro foram coletados diariamente no perí­­odo de fevereiro/2007 a janeiro/2008 no Porto Panairzinha em Manacapuru, Amazonas í Brasil (3°18’33”S e 60°33’21”W). Os resultados mostraram que a frota atuante no Lago Grande é composta por canoas motorizadas e barcos de pesca, sendo o número de canoas superior ao de barcos. A média do pescado desembarcado foi de 274,15 ton.ano-1, ocorrendo menor produção nos perí­­odos de enchente/cheia e maior na vazante/seca. As principais espécies desembarcadas foram: Colossoma macropomum (tambaqui = 17,8%), Cichla monoculus (tucunaré = 15,5%), Prochilodus nigricans (curimatã = 12,2%), Astronotus ocellatus (acará-açu = 8,7%) e Osteoglossum bicirrhosum (aruanã = 8,4%), predominando a malhadeira (97%) nessas capturas. Foi observado que a sazonalidade do Rio Solimões influi diretamente nas pescarias e na disponibilidade do pescado. Nesse sentido, decisões envolvendo o manejo pesqueiro nessa região devem estabelecer medidas que assegurem a sustentabilidade da pesca local, considerando como essencial a relação entre o peixe, o ambiente e os aspectos socioeconômicos das pescarias de pequena escala.

Referência(s)
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