Artigo Produção Nacional Revisado por pares

LITERATURA E INDIGNAÇÃO: LEGITIMIDADES MARGINAIS?

2017; Uniabeu; Volume: 8; Issue: 1 Linguagem: Português

ISSN

2177-6288

Autores

Idemburgo Pereira Frazão,

Tópico(s)

Cultural, Media, and Literary Studies

Resumo

A literatura ocidental dialoga com a vida social, desde seu nascimento, na Grecia antiga. A verossimilhanca funciona como uma charneira que se abre, ora para a realidade, ora para a imaginacao. Em sua obra Literatura e Sociedade, Antonio Cândido aproxima os dois polos que, efetivamente, constituem o discurso ficcional. No presente artigo, parte-se da reflexao acerca das manifestacoes sociais ocorridas em varias partes do mundo, como a que culminou na chamada Primavera Arabe, para refletir sobre o dialogo da literatura com a vida social. No Brasil, as manifestacoes tiveram o apoio ou fomento de redes midiaticas, tendo como marca a participacao massiva da classe media. Utilizando, principalmente os estudos do espanhol Manuel Castells e da Antropologa Erica Pecanha do Nascimento, o trabalho poe em destaque a maneira como os “indignados” agiram em relacao as suas reivindicacoes e como escritores que se autodenominaram marginais de periferia conseguiram enfrentar o status quo a partir de uma conscientizacao identitaria e de uma peculiar organizacao literaria e cultural. Entram na discussao a relacao entre os conceitos de territorio e lugar, tendo os estudos do geografo Yi-fu Tuan recebido maior destaque.

Referência(s)