Artigo Acesso aberto Revisado por pares

FAMÍLIA E BIOPOLÍTICA: A DESTRUIÇÃO DA INTIMIDADE NAS SOCIEDADES CONTEMPORÂNEAS

2017; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ; Volume: 22; Issue: 2 Linguagem: Português

10.4025/psicolestud.v22i2.34803

ISSN

1807-0329

Autores

Paulo Roberto de Carvalho, Sonia Regina Vargas Mansano,

Tópico(s)

Social and Economic Solidarity

Resumo

O presente artigo busca problematizar a instituição familiar contemporânea partindo de uma abordagem histórica que remonta ao período de consolidação do modelo familiar burguês. Optou-se por analisar a instituição familiar na perspectiva das relações de poder tal como proposto por Michel Foucault. Especificamente, foi utilizada a concepção do autor de biopolítica, uma vertente do poder que se dirige às especificidades do corpo vivo. Para tanto, foi selecionada a questão da sexualidade como elemento historicamente presente nas transformações do modelo familiar: de uma família fechada sobre si e na qual a sexualidade era velada e reprimida, passou-se à família atual na qual estes mesmos temas ganham visibilidade e discussão em um espaço ampliado. Em seguida, questionam-se os efeitos da abertura familiar por uma intervenção biopolítica. Por fim, foi possível demonstrar que está em curso uma destruição sistemática da intimidade iniciada pelas intervenções biopolíticas e protagonizada por aqueles que resistem, de algum modo, às determinações do poder.

Referência(s)