Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Associação entre o desenvolvimento neuropsicomotor e fatores de risco biológico e ambientais em crianças na primeira infância

2017; CEFAC Saúde e Educação; Volume: 19; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/1982-0216201719314416

ISSN

1982-0216

Autores

Jéssica Teixeira de Carvalho Zago, Priscilla Avelino Ferreira Pinto, Hércules Ribeiro Leite, Juliana Nunes Santos, Rosane Luzia de Souza Morais,

Tópico(s)

Child Nutrition and Water Access

Resumo

RESUMO Objetivo: avaliar a associação entre o desenvolvimento infantil e riscos biológicos e ambientais. Métodos: foram selecionadas 30 crianças (0 a 30 meses), residentes em uma cidade no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, Brasil, atendidas pelo Centro Viva Vida de Referência Secundária. Os critérios de inclusão foram: crianças que tinham história clínica de prematuridade e/ou desnutrição moderada à grave e outros fatores neonatais de risco. As crianças foram avaliadas quanto ao desenvolvimento por meio do teste Denver II e a qualidade de estímulo no ambiente domiciliar foi avaliada pelo Home Observation for Measurement of the Environment (HOME). Resultados: das 30 crianças avaliadas, 60% dos ambientes foram considerados de risco para o desenvolvimento infantil e 43,3% apresentou desenvolvimento inadequado. O principal domínio afetado foi o da linguagem. Maior escolaridade materna, constituição familiar biparental apresentaram associação com o adequado desenvolvimento infantil. A presença de intercorrências neonatais e necessidade de internação no centro de terapia intensiva foram mais presentes nas crianças que falharam no teste. A menor receptividade dos pais e disponibilidade de materiais para aprendizagem no domicílio foram fatores associados ao pior desempenho das crianças no Denver II. Conclusão: as crianças de alto risco do presente estudo apresentaram atraso no desenvolvimento, especialmente no domínio linguagem. Esses atrasos estão associados à baixa escolaridade materna, à relação monoparental, receptividade dos pais e intercorrências neonatais.

Referência(s)