
Arroio do Padre/RS e sua identidade luterana: práticas de educação e cultura de uma comunidade (1950-1960)
2013; Volume: 2; Issue: 7 Linguagem: Português
10.4013/rlah.v2i7.355
ISSN2238-0620
AutoresCássia Raquel Beiersdorf, Patrícia Weiduschadt,
Tópico(s)Religion and Society in Latin America
ResumoArroio do Padre e uma pequena cidade localizada ao sul do Rio Grande do Sul. Emancipou-se de Pelotas no dia 17 de abril de 1996, tornando-se um dos quatro enclaves do Brasil. Enclave porque se limita unicamente com o municipio de Pelotas. Possui uma area de 124,69 km² e uma populacao de 2.722 habitantes. No ano de 1868, a localidade passou a ser ocupada com a expansao da imigracao alema-pomerana de Sao Lourenco do Sul. Estes, na sua maioria, nao eram oriundos do sul da Alemanha, onde a religiao catolica era predominante, mas sim de regioes onde as igrejas eram protestantes, principalmente luteranas. Neste sentido, este processo imigratorio criou vinculos identitarios especificos, ja que havia questoes etnicas e religiosas envolvidas. Identidade compreendida como uma construcao e nao como um processo essencialista. (HALL, 2000; WOODWARD, 2000). No que se refere a educacao, os imigrantes tambem se baseavam nos ideais de Lutero que ja no seculo XVI defendia o ensino para todos e de carater obrigatorio. Chegando ao Brasil, sem encontrar condicoes sequer semelhantes ao com que viviam na sua terra de origem, logo trataram de cria-las, mas sem duvida reinventando-as (HOBSBAWN, 1987). Nestes ideais, Arroio do Padre se ergueu e hoje de acordo com os dados do IBGE e destacado como o municipio brasileiro com o maior percentual de evangelicos (85,8%) e, por consequente, com o menor percentual de catolicos (7,8%). Assim, este artigo tratara das praticas de educacao e cultura promovidas especificamente pela Igreja Evangelica de Confissao Luterana no Brasil de Arroio do Padre II (1950-1960), suas manifestacoes construtoras de identidades nesta realidade, com base, principalmente, em fontes documentais, orais e iconograficas sob um olhar critico e problematizador, privilegiando-se assim a historia “vista de baixo” na perspectiva da Historia Cultural.
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