Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Poesia, riso e testemunho em Umbigo (2006) de Nicholas Behr

2013; Volume: 8; Issue: 13 Linguagem: Português

10.25094/rtp.2012n13a118

ISSN

1808-5385

Autores

Wilberth Claython Ferreira Salgueiro,

Tópico(s)

Literature, Culture, and Criticism

Resumo

Umbigo (2006) é um livro de Nicolas Behr. O leitor se espanta com o close de um umbigo na capa e ao perceber que, pelas 84 páginas, sucedem-se uns 2500 versos iniciados sempre por “minha poesia”. Adorno, em Teoria estética, diz que “são exigidas as obras que, pelo seu núcleo temporal, se consomem a si mesmas, sacrificam a sua vida no instante da aparição da verdade”. Georges Minois diz, em História do riso e do escárnio, que “o riso está por toda parte, mas não é, em todo lugar, o mesmo riso”. Torneia-se em Umbigo uma “historiografia inconsciente” do contemporâneo: o testemunho da miséria humana (“minha poesia é um índio que vai dormir no ponto de ônibus mas leva extintor de incêndio”) e a resistência da poesia que faz do riso engenho (“minha poesia é a educação pela pedrada”).

Referência(s)