Artigo Acesso aberto Produção Nacional

A Metáfora na literatura Japonesa: uso de mimese e onomatopéia nos contos de Século XX

2020; Volume: 2; Issue: 6 Linguagem: Português

10.46814/lajdv2n6-003

ISSN

2674-9297

Autores

Tomoko Kimura Gaudioso,

Tópico(s)

Cultural, Media, and Literary Studies

Resumo

Ao ler obras literárias japonesas, deparamos com freqüência em metáfora cujo seu uso possui conotação apelativa aos cinco sentidos do corpo. A língua japonesa caracteriza- se pela abundância de metáforas que recorre a sons, imagens e formas e estados das personagens e objetos, os quais podem classificá-los de onomatopéia e mimese. No cotidiano do povo japonês, o seu uso é freqüente na linguagem oral, ocupando o seu lugar como complemento nominal ou advérbio, sintetizando a mensagem de fala, o qual os escritores japoneses de diversas épocas recorrem a esse recurso para escrever suas obras. Alguns escritores como Miyazawa Kenji (1896 – 1933) recorreu ao uso abundante da metáfora, de modo que ao ler a sua obra, necessita “ativar” os cinco sentidos do corpo, ou seja, visão, olfato, tato, gosto e audição, proporcionando a sensação tridimensional do conteúdo do texto ao leitor. Ao estudar literatura japonesa já traduzida para a língua portuguesa, constatamos que as metáforas presentes na língua original simplesmente desaparecem ou são substituídas pela metáfora personificada ou sinestesia. Assim, a fim de compreender os textos que contenham metáforas em língua japonesa, se faz necessário identificar e pesquisar uma nomenclatura lexicológica ou outra expressão adequada em língua portuguesa, assim como outros recursos possíveis a fim de minimizar a omissão ou distorção das traduções de textos originais. O presente trabalho, atualmente em fase de leitura bibliográfica e de coleta de termos metafóricas dos contos e poemas de Miyazawa Kenji , tem como objetivo identificar e agrupar esses elementos miméticos, a fim de criar banco de dados das expressões metafóricas onomatopéicas e miméticas em língua japonesa. Em relação a representação de sons e estado físico-sensorial dos fenômenos da natutreza, tentou-se reproduzi-los utilizando o recurso da aplicação de silabário do alfabeto romano, em estilo Hepburn, de modo que no original, encontram-se escritos em silabário e ideogramas japoneses, alguns dos quais possuem identidade metafórica visual, poderão ser explanados em oportunidades futuras.

Referência(s)