starting out in philosophy: the “anguishes”

2005; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Volume: 1; Issue: 2 Linguagem: Português

10.12957/childphilo.2005.20460

ISSN

2525-5061

Autores

Nicolas Go, Floriane Chodat,

Tópico(s)

Palliative and Oncologic Care

Resumo

Fazer filosofia na escola coloca dois problemas principais: em primeiro lugar, o de determinar as condicoes didaticas segundo as quais as criancas (mas talvez tambem os adultos iniciantes) podem aprender o exercicio do pensamento critico; em segundo lugar, o de determinar em que condicoes esse trabalho pode ser legitimamente chamado de filosofico. Este estudo propoe uma pequena contribuicao a resolucao do primeiro problema. Optamos por apresentar uma situacao de comeco em uma escola regular, para tentar fazer com que aparecam alguns elementos do problema em circunstâncias que fossem acessiveis a todos. Adotamos uma abordagem que chamamos de clinica exploratoria, baseada no que se manifesta e que nada pressupoe quanto aos eventuais resultados. Fazemos uma analise rigorosa da transcricao da sessao que constitui o material do estudo. O fato gerador e a leitura de um album2, que entra em ressonância com uma preocupacao existencial recorrente das criancas: a angustia. A psicopatologia, tradicionalmente, distingue: o medo, sensacao de um perigo que se relaciona a uma causa identificada, perceptivel e real; a ansiedade, afeto penoso que se relaciona a possibilidade de uma causa incerta; e a angustia, sensacao de desamparo que se acompanha de fenomenos somaticos. Pode-se fazer uma distincao entre o medo, por um lado, que indica um perigo real, e procede dos reflexos de conservacao (o medo de atravessar a rua devido ao trafego pesado, o medo de um cao ameacador, etc.), e, por outro lado, a ansiedade e a angustia: estes dois estados derivam de patologias diversas. O primeiro e facil de ultrapassar: basta prudencia ou coragem. Os outros dois estados sao mais dificeis de superar: como, com efeito, lutar contra o que nao existe, ou que poderia so existir no futuro (que ainda nao existe e que talvez jamais venha a existir)?

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