
CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E MINERALÓGICA DO ARENITO DA FORMAÇÃO MARÍLIA E PROCESSOS DE ALTERAÇÃO
2016; Linguagem: Português
ISSN
1519-8634
AutoresCarla Vanessa de Sousa Coelho, Vânia Rosolen,
Tópico(s)Geochemistry and Geologic Mapping
ResumoNos planaltos tabulares do Triângulo Mineiro, os sedimentos da Formacao Marilia (Neocretaceo) sao intensamente alterados e pedogeneizados formando perfis espessos, muito argilosos com elevada concentracao de caulinita e gibbsita. Os objetivos deste trabalho sao caracterizar as principais alteracoes petrograficas (microscopia otica), mineralogicas (DRX e ATD-TG) e geoquimicas (FRX, FTIR e Funcao de Transporte Geoquimico) em um perfil de alteracao envolvendo o arenito, o saprolito e os horizontes superficiais plinticos e com argilas aluminosas e avaliar a possivel relacao genetica entre a alteracao do arenito do Membro Serra da Galga (Formacao Marilia) e os solos argilosos e aluminosos presentes nas depressoes topograficas da superficie da chapada. Os resultados mostraram que a caulinita e a gibbsita sao a paragenese secundaria dominante no perfil. Nos horizontes superficiais, a concentracao de gibbsita e maior que a da caulinita. A geoquimica e a funcao de transporte mostraram aumento dos oxidos de ferro na base do perfil, no horizonte saprolitico e no horizonte de couraca, devido a concentracao absoluta nos nodulos. O aluminio apresenta comportamento inverso ao ferro, havendo maiores concentracoes para o topo do perfil, no horizonte de argila aluminosa, o comportamento dos elementos do perfil e um indicativo do ambiente de formacao, onde em um ambiente com pH baixo, o Si se torna movel e e assim lixiviado do perfil. O mesmo ocorre com o Fe, que e solubilizado e lixiviado do perfil. Na alterita ocorrem ganhos absolutos de Si, Al e Fe. Houve perda de Si na plintita e na argila aluminosa. Em relacao ao Al, observa-se ganhos na alterita, plintita e na argila aluminosa. A proporcao de gibbsita em relacao a caulinita aumenta da base para o topo do perfil, passando de ~72% de caulinita e ~3% de gibbsita no arenito para ~28% de caulinita e ~71% de gibbsita na argila aluminosa, indicando meio fortemente dessilicificado. Do ponto de vista mineralogico, o arenito se revela uma rocha de natureza nao exclusivamente quartzosa, mas feldspatica, micacea e caulinitica associada com oxihidroxidos de ferro e aluminio, cujos produtos de alteracao resultam majoritariamente em argilominerais secundarios cauliniticos com forte presenca de gibbsita. Os resultados obtidos mostram estreita similaridade entre os materiais analisados, sugerindo possivel filiacao entre o arenito e as argilas aluminosas.
Referência(s)