Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Sobre resultativas e pseudoresultativas: distinções de base empírica

2017; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO; Volume: 33; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/0102-445005256075811671

ISSN

1678-460X

Autores

Andrea Knöpfle,

Tópico(s)

Linguistics and Discourse Analysis

Resumo

RESUMO As estruturas conhecidas na literatura técnica como resultativas têm leitura de ação a partir de um V principal, com estado resultante manifestado por um AP sobre um DP, como vemos no exemplo do alemão (i) Der Wolf hat das Haus kaputt geblasen - o lobo teve a casa estragado assoprado - ‘O Lobo assoprou e como resultado estragou a casa/a casa ficou estragada’. O primeiro objetivo desse trabalho é demonstrar, metodologicamente por meio de testes empíricos e comparação translinguística, que a construção resultativa é produtiva nas línguas ocidentais germânicas, mas inexistente (com a mesma estrutura) em português brasileiro (i.e. *O lobo assoprou a casa estragada; leitura relevante). Entretanto, a última língua apresenta estruturas muito parecidas com resultativas, chamadas (por exemplo) de pseudoresultativas, mas que ainda assim apresentam características sintáticas e morfológicas diferenciadas de resultativas, i.e. (ii) Maria empilhou as almofadas alto e (iii) João varreu o chão bem limpinho. O segundo objetivo desse trabalho é demonstrar e sustentar, empiricamente, a argumentação para a distinção entre resultativas e construções similares.

Referência(s)