
INSATISFAÇÃO NO TRABALHO DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
2017; Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós Graduação em Enfermagem; Volume: 26; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/0104-07072017002500016
ISSN1980-265X
AutoresJacks Soratto, Denise Elvira Pires de Pires, Letícia de Lima Trindade, Jônas Sâmi Albuquerque de Oliveira, Elaine Cristina Novatzki Forte, Thayse Palhano de Melo,
Tópico(s)Healthcare during COVID-19 Pandemic
ResumoRESUMO Objetivo: analisar aspectos do processo de trabalho geradores de insatisfação nos profissionais que atuam na Estratégia Saúde da Família. Método: estudo com abordagem qualitativa, realizado nas cinco regiões geográficas do Brasil, com 27 Equipes de Saúde da Família, lotadas em 11 Unidades Básicas de Saúde, totalizando 76 participantes. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, observação e estudo documental. O tratamento e interpretação dos dados foi realizado articulando Análise Temática de Conteúdo e recursos do software para análise de dados qualitativos Atlas.ti 7.0 com suporte das teorias marxista de processo de trabalho e de satisfação no trabalho, de Christophe Dejours. Resultados: os aspectos geradores de insatisfação no trabalho estão relacionados às categoriais: gestão do trabalho em saúde, relações com a equipe e usuários e excesso de trabalho. A gestão do trabalho em saúde agregou os seguintes fatores: estrutura física inadequada, falta de recursos materiais, déficit salarial, falta de valorização do trabalho, problemas na gestão e jornada de trabalho excessiva. Na categoria relações com a equipe e usuários: violência, falta de conhecimento da Estratégia Saúde da Família, postura do usuário, falta de qualificação da equipe e deficiência na organização do trabalho. Por fim, na categoria excesso de trabalho consta: sobrecarga de trabalho, excesso de demanda e burocracia. Conclusão: as manifestações de insatisfação dos profissionais que atuam na Estratégia da Saúde Família são influenciadas significativamente pelas condições de trabalho, por fragilidades na gestão e por problemas no âmbito das relações de trabalho.
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