Artigo Produção Nacional

HUMOR, ENGENHO E ARTE: UM “PATO AO TUCUPI” DE MARCELO SANDMANN

2017; UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO; Volume: 7; Issue: 15 Linguagem: Português

ISSN

2236-2592

Autores

Lucas dos Passos,

Tópico(s)

Cultural, Media, and Literary Studies

Resumo

A poesia de Marcelo Sandmann pode ser caracterizada, em geral, como ironica, bem-humorada, dada a peripecias linguisticas e dotada de um dinamismo e uma rarefacao tipicos da contemporaneidade, inclusive pelo dialogo que estabelece entre a “cultura erudita” e a popular; de igual modo nao sao raros os poemas de elevada voltagem erotica e tambem aqueles que lidam com as formas tradicionais, como o soneto de metrica regular. Todos esses tracos sao colocados em pauta em “Pato ao tucupi (uma breve digressao heroi-comica)”, poema de seu segundo livro que poe em cena a inusitada relacao entre um homem de meia idade e uma jovem “de-menor” numa suite de motel. Ao longo das 24 estrofes compostas segundo o esquema camoniano d’ Os Lusiadas , Sandmann une a sucessao de eventos risiveis a jogos de linguagem que intensificam a comicidade dos versos. Para a analise desse humor – que, autoironico, se volta contra o proprio autor e protagonista do pequeno enredo poetico (uma vez que, em diversos momentos, e dele que se ri) –, alem da leitura de dados e formas da tradicao evocados pelo poeta, virao a baila os estudos de Freud acerca do chiste e o ensaio de Henri Bergson sobre o riso.

Referência(s)