Artigo Acesso aberto

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência 192: Violência Contra A Mulher

2017; Volume: 6; Issue: 2 Linguagem: Português

10.5005/jp-journals-10030-1177

ISSN

2278-5388

Autores

Mateus K Ibiapino, Vanessa BM Couto, Bernardo P Sampaio, R. A. SOUZA, Felipe Andreas Padoin, Bárbara EB Carvalho, Irany Santana Salomão,

Tópico(s)

Maternal and Neonatal Healthcare

Resumo

RESUMO Histórico A violência contra a mulher constitui uma grande preocupação de saúde pública brasileira, que apresenta uma taxa de homicídio feminino que coloca o Brasil no quinto lugar no ranking mundial dessa estatística. Contudo, há poucas informações publicadas na literatura sobre mecanismos de trauma e prevalência de lesões nesse cenário. Este trabalho objetiva analisar o perfil epidemiológico das mulheres vítimas de violência através da análise de atendimentos pré-hospitalares. Desenho do estudo Foi realizado um estudo descritivo retrospectivo com base em coleta de dados de registros de atendimentos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) do município de Ilhéus, Bahia, realizados entre janeiro e dezembro do ano de 2014. De um universo de 1588 atendimentos a traumatizados, selecionaram-se as vítimas do sexo feminino (466), e destas aquelas cujos mecanismos de trauma foram por agressão, resultando numa amostra final de 49 atendimentos. Analisaram-se idade, hora do atendimento, dia da semana do evento, mecanismo de lesão, principal região acometida,necessidade de reposição volêmica, Revised Trauma Score (RTS) e a ocorrência de óbito pré-hospitalar. Os dados foram analisados através do software Epi Info versão 7.1.5. Resultados A média de idade das vítimas foi 32,6 anos. 23,4% dos eventos ocorreram aos sábados e 21,3% aos domingos e 57,1% ocorreram no período noturno. 49% das injúrias foram causadas por espancamentos. 61,3% das lesões estavam localizadas em cabeça e pescoço. 48% das lesões eram lacerações. Utilizou-se reposição volêmica em 14,3% dos atendimentos. Apenas 1 vítima viva apresentou RTS inferior a 7,8408. A mortalidade verificada foi de 4,1%. Conclusão O presente estudo evidencia a preocupante realidade da violência contra a mulher, uma temática urgente e que exige uma resposta para que a sociedade brasileira e mundial alcance melhores condições de vida, segurança e igualdade. How to cite this article Ibiapino MK, Couto VBM, Sampaio BP, Souza RAR, Padoin FA, Carvalho BEB, Salomão IS. Serviço de Atendimento Móvel de Urgência 192: Violência Contra A Mulher. Panam J Trauma Crit Care Emerg Surg 2017; 6(2):77-80.

Referência(s)