
CLÍNICA PSICANALÍTICA IMPLICADA: CONEXÕES COM A CULTURA, A SOCIEDADE E A POLÍTICA
2017; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ; Volume: 22; Issue: 3 Linguagem: Português
10.4025/psicolestud.v22i3.35354
ISSN1807-0329
AutoresMíriam Debieux Rosa, Ivan Ramos Estêvão, Ana Paula Musatti Braga,
Tópico(s)Social Representations and Identity
ResumoEste artigo aborda os dilemas do avanço da psicanálise quando leva em conta certas problemáticas, tais como exclusão social, racismos e situações outras desse gênero. Essas questões emergem quando o psicanalista oferece sua escuta na pólis: em instituições de saúde, de assistência ou de educação, em comunidades. Tais práticas psicanalíticas que denominamos aqui de clínico-políticas se dão nos limites do campo psicanalítico e incitam ao diálogo necessário com outros campos de conhecimento. Também convocam ao aprofundamento dos conceitos e à criação de dispositivos clínicos condizentes com a dimensão sociopolítica do sofrimento. Na primeira parte do artigo, abordamos o avanço teórico da psicanálise em relação à teoria da cultura. Na construção da psicanálise, Freud articula clínica, teoria e questões sociais. A partir dele, no entanto, o avanço teórico da psicanálise na sua interface com a cultura aparentemente privilegiou os fatos artísticos e religiosos, em detrimento da dimensão política, econômica e social. Na segunda parte, apresentamos nossa concepção de psicanálise clínico-política ou a de psicanálise implicada.
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