Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Buen Vivir Andino: Resistência e/ou alternativa ao modelo hegemônico de desenvolvimento

2017; Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas; Volume: 15; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/1679-395162230

ISSN

1679-3951

Autores

Klaus Pereira da Silva, Ana Lúcia Guedes,

Tópico(s)

Agriculture, Land Use, Rural Development

Resumo

Resumo Este ensaio teórico problematiza a ética do Buen Vivir como forma de resistência e/ou alternativa ao modelo hegemônico de desenvolvimento que tem sido disseminado e implementado por organizações internacionais e corporações. Após a declaração das Nações Unidas sobre os direitos indígenas, em 2007 (MAMANI, 2010), o Buen Vivir alcançou status oficial nas Constituições do Equador e da Bolívia. O Buen Vivir é uma visão de mundo distinta da ordem internacional liberal institucionalizada no pós-II Guerra Mundial; fundamenta-se nas noções de cosmovisão relacional e pluriverso (ESCOBAR, 2011), multiverso (MAMANI, 2010) ou ecosofia andina (ESTERMANN, 2013), enunciados no Sul e subalternizados por mais de cinco séculos de colonialidade. Com base nestas noções, o ensaio enfatiza a importância de repensar, segundo uma abordagem decolonial, o papel desempenhado pelos Estados e organizações governamentais internacionais no que diz respeito ao desenvolvimento local. A análise crítica da literatura sugere a existência de múltiplas visões acerca do desenvolvimento que devem ser debatidas no âmbito de estudos organizacionais.

Referência(s)