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IMPLICAÇÕES DA CONVENÇÃO DA UNESCO DE 1970 PARA A POSSE E A GESTÃO PRIVADA DOS BENS MÓVEIS DA ANTIGUIDADE

2017; UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA; Volume: 4; Issue: 1 Linguagem: Português

10.31501/repats.v4i1.8316

ISSN

2359-5299

Autores

Henrique A.J.L. Mourão,

Tópico(s)

Cultural Heritage Management and Preservation

Resumo

Temos como objetivo fazer um levantamento dos problemas advindos da promulgação da Convenção da UNESCO de 1970 (relativa às Medidas a Serem Adotadas para Proibir e Impedir a Importação, Exportação e Transferência de Propriedade Ilícitas dos Bens Culturais) e da sua adoção pelos Estados-membro dessa entidade. Tratamos, em primeiro lugar, do contexto em que essa Convenção foi criada e dos propósitos que a motivaram. Fazemos, então, um levantamento dos problemas que ela implica e que são reconhecidos pela própria UNESCO. Observamos que, apesar das dificuldades que enfrenta, a Entidade permanece presa a uma lógica que favorece os poderes estatais e se vale da punição, incentivando uma atmosfera de aversão e desconfiança em relação a colecionadores e comerciantes de arte e de antiguidades. Na conclusão, mostramos que essa lógica não resolveu os impasses originais que a Convenção de 1970 pretendia solucionar, assim como criou novos impasses. PALAVRAS-CHAVE: Convenção da UNESCO de 1970. Despossessão estatal das artes e antiguidades. Colecionadores e negociadores de artes e antiguidades. Eficácia dos Tratados internacionais. Roubo de museus, santuários, coleções privadas e pilhagem de sítios de interesse arqueológico.

Referência(s)