
Martin Heidegger e Hannah Arendt: O “si mesmo” e o limite do mal
2017; Volume: 33; Issue: 1 Linguagem: Português
10.5935/2179-9180.20170005
ISSN2179-9180
AutoresAlexandre Augusto Alves Guedes,
Tópico(s)Memory, Trauma, and Testimony
ResumoEm Responsabilidade e julgamento , Hannah Arendt indica o "diálogo silencioso consigo mesmo" como sendo a atividade capaz de evitar que determinada pessoa assuma uma conduta má; algo que, segundo ela, faltou a Adolf Eichmann, um dos facilitadores do extermínio físico dos judeus durante o regime nazista. Mas em The Life of The Mind , Arendt diz que esse tipo de diálogo não alcança a pluralidade das ações humanas em uma comunidade, sendo incapaz de abarcar o outro como um "nós". Além disso, em Concern With Politics in Recent European Philosophical Thought , a filósofa indica Martin Heidegger, que fora um ex-nazista, como o filósofo que pode nos ajudar a pensar melhor tal relação. Todavia, em sua obra capital, Ser e tempo , Heidegger constrói o entendimento do "si-mesmo" por meio da tonalidade afetiva da angústia, cuja falta de sentido do mundo seria uma de suas características principais. Isto comprometeria o entendimento do "si mesmo" como o limitador das ações más no mundo, antes mesmo de nos ajudar na compreensão da relação cotidiana interpessoal (nós). Pretendemos, portanto, abordar o conceito de "si-mesmo" em Heidegger e Arendt para compreender melhor a relação intersubjetiva no ambiente de uma comunidade política.
Referência(s)