
Avaliação das incapacidades físicas em ex-portadores de hanseníase da época do isolamento compulsório
2013; Volume: 38; Issue: 1/2 Linguagem: Português
10.47878/hi.2013.v38.35075
ISSN1982-5161
AutoresMichele Albuquerque Jales Carvalho, Naira Thais Bezerra Lopes, Tâmyssa Simões dos Santos, Karen da Silva Santos, Priscila Galo Farnocchi, Clódis Maria Tavares,
Tópico(s)Leprosy Research and Treatment
ResumoA hanseníase afeta milhares de brasileiros anualmente, destes um número significativo apresenta graus de incapacidade física I e II. O Objetivo deste estudo foi conhecer o perfil sociodemográfico e as principais incapacidades físicas instaladas em pessoas que tiveram hanseníase na época do isolamento compulsório. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa, que avaliou 26 residentes de um ex-hospital colônia, hoje designado Centro de Convivência, localizado na cidade de Maracanaú - CE. Foi utilizado um questionário para definir o perfil sociodemográfico e o formulário de avaliação neurológica simplificado, preconizado pela OMS para identificar o grau de incapacidade física. Os dados foram coletados e armazenados em uma planilha do software Excel. Após esta etapa o banco de dados foi importado e processado pelo programa EPI-INFO (versão 6). Observou-se predomínio de pessoas do sexo masculino (57,7%), ensino fundamental incompleto (50,0%), a faixa etária variou entre 40 a 80 anos, com renda de até um salário mínimo, quanto ao estado civil, (38,5%) eram casados e (30,8%) viúvos. A maioria (88,5%) apresentou o Grau II de incapacidade. Os segmentos mais afetados foram pés e mãos constatando-se uma perda de sensibilidade nos membros inferiores de (50,0%) e superiores (38,46%) na maioria dos avaliados. Conclui-se que as principais incapacidades presentes nas pessoas atingidas pela hanseníase, são decorrentes de lesões secundárias, principalmente à perda da sensibilidade, como também a insuficiência e ou ausência de ações de prevenção e reabilitação física.
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