Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

UTILIZAÇÃO DE DADOS ORBITAIS DE FOCOS DE CALOR PARA CARACTERIZAÇÃO DE RISCOS DE INCÊNDIOS FLORESTAIS E PRIORIZAÇÃO DE ÁREAS PARA A TOMADA DE DECISÃO

2017; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA; Volume: 69; Issue: 1 Linguagem: Português

10.14393/rbcv69n1-44038

ISSN

1808-0936

Autores

Liana O. Anderson, Missae Yamamoto, Christopher Cunningham, Marisa Gesteira Fonseca, Leticia Kirsten Fernandes, Alan Santos Pimentel, Foster Brown, Celso H. L. Silva, Eymar Silva Sampaio Lopes, Demerval Soares Moreira, Natalia Salazar, Luaê Andere, Thais M. Rosan, Vera Reis, Luiz E. O. C. Aragão,

Tópico(s)

Agricultural and Food Sciences

Resumo

A Amazônia vem sofrendo o aumento de intensidade e de ocorrência de eventos climáticos extremos. A ocorrência de secas nesta região aumenta a susceptibilidade das florestas a incêndios florestais, com diversas consequências para o meio ambiente, economia e saúde da população. O objetivo deste estudo foi fornecer uma análise espaço-temporal do uso do fogo no Estado do Acre, e assim auxiliar a Sala de Situação do Estado na tomada de decisão para priorizar o monitoramento de áreas com risco de incêndios. Para isso, foram utilizados dados de focos de calor oriundos de múltiplos satélites, dados de unidades fundiárias e análises estatísticas para gerar um ordenamento de áreas prioritárias para monitoramento de incêndios. O satélite AQUA, desde o início de sua operação em 2002, foi responsável por 40% a 75% dos totais de detecção de focos. Com o lançamento do satélite S-NPP em 2013, este vem sendo responsável pela maioria das detecções de focos de calor devido melhores em suas resoluções espaciais e radiométricas. Trinta e nove por cento do total de focos de calor detectados, foram localizados em projetos de assentamentos, 26% em áreas particulares, 10% em unidades de conservação e menos de 2% em terras indígenas. Um mapa de risco de incêndios baseado em análises de tendência e número de ocorrências de focos de calor foi proposto para auxiliar a definição de áreas prioritárias para monitoramento e fiscalização. Conclui-se que as informações geradas com base nos dados históricos de focos de calor podem ser incorporadas aos modelos de risco de incêndios que operam com dados puramente climáticos de forma a melhorar a espacialização do risco e assim apoiar o planejamento e a tomada de decisão.

Referência(s)