
Reciclagem de Precipitação e Desflorestamento na Amazônia: Um Estudo de Modelagem Numérica
2017; Sociedade Brasileira de Meteorologia; Volume: 32; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/0102-77863230009
ISSN1982-4351
AutoresLuiz Gustavo Teixeira da Silveira, Francis Wagner Silva Correia, Sin Chan Chou, André Lyra, Weslley Brito Gomes, Leonardo Alves Vergasta, Paulo Ricardo Teixeira Silva,
Tópico(s)Plant Water Relations and Carbon Dynamics
ResumoResumo O modelo regional ETA do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) foi utilizado para avaliar o papel das mudanças nos usos e cobertura da terra na reciclagem de precipitação na bacia amazônica através de cenários de desflorestamento referente ao estado atual e projeções futuras. A reciclagem de precipitação aumentou de sudeste para norte-noroeste sobre a bacia, com valores variando entre 20% a 40%, estando diretamente relacionado à intensificação no transporte de umidade no sentido leste-oeste. As mudanças significativas na reciclagem ocorreram nos cenários de 2050 e 2100, enquanto que, para a situação atual, as mudanças não foram intensas suficientes para afetar o regime de precipitação na bacia. As reduções na reciclagem de precipitação (9% e 30% para os cenários de 2050 e 2100, respectivamente) foram explicadas pela redução na evapotranspiração e aumento no transporte de umidade; entretanto, a redução na evapotranspiração teve papel preponderante. A redução na precipitação total foi determinada pela redução da precipitação advectada (68%) e local (32%). Se as atividades antropogênicas não permitirem que haja a regeneração ambiental, o equilíbrio clima-vegetação será afetado, conduzindo a uma condição mais quente e seca, que por sua vez, implicará em graves consequências para os ecossistemas da Amazônia.
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