Artigo Produção Nacional Revisado por pares

TRANSFORMAÇÕES DISCURSIVAS DAS IDENTIDADES DE GÊNERO NA MÍDIA

2017; Volume: 18; Issue: 2 Linguagem: Português

10.26512/les.v18i2.5790

ISSN

2179-4790

Autores

Ana Paula Rabelo Silva, Izabel Magalhães,

Tópico(s)

Linguistics and Education Research

Resumo

A Analise de Discurso Critica (FAIRCLOUGH, 2001, 2003) tem contribuido, no Brasil (MAGALHAES, 2005; 2009), tambem para as pesquisas que sugerem situacoes de transformacao social e/ou de opressoes no que diz respeito aos generos sociais. Realizamos uma investigacao sobre como o discurso da midia se relaciona com esses processos de transformacoes de identidades de genero. Dessa forma, e nosso objetivo investigar como o discurso da revista L’Officiel Hommes Brasil No.4 (dezembro/2014), e suas transformacoes discursivas e textuais, construindo e representando praticas socioculturais, sugere identidades de genero masculinas. Para a realizacao da pesquisa, utilizamos os conceitos de identidade, de Hall (2003; 2011) e Fairclough (2003); tambem de genero social, de Butler (2013), Magalhaes (2005; 2009) e Heberle et al. (2006). Como metodo para esta pesquisa, utilizamos a Analise de Discurso Textualmente Orientada (ADTO) de Fairclough (2003) e de Magalhaes (2005). Consideraremos apenas a categoria da modalidade, relacionada a funcao interpessoal, de Halliday (1994), e seus objetivos de descricao dos graus de afinidades relacionados a: a) representacao discursiva (sentido relacional); b) identidades sociais (sentido identificacional); e c) controle das formas de construcao da realidade (doutrinacao), conforme Magalhaes (2005). A analise dos textos indica que as transformacoes das identidades de genero nao apenas apontam para uma fragmentacao de identidades, mas tambem (e ao mesmo tempo) para uma fluidez de composicoes sociais que fragilizam a hegemonia do padrao heteronormativo, mas nao racial. Os textos analisados nao so indicam as transformacoes de genero, bem como se apresentam situados na logica das praticas discursivas do poder hegemonico a fim de garantir um controle das referidas transformacoes nas identidades de genero baseado na relacao entre “modos de consumo” e “modos de vida”.

Referência(s)