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Alteration of azurite into paratacamite at the St. Alessandro Church (Lasnigo, Italy)

2009; Associação Profissional de Conservadores - Restauradores de Portugal; Volume: 9; Linguagem: Português

10.14568/cp9_2

2182-9942

Giovanni Cavallo,

Cultural Heritage Materials Analysis

São vários os estudos que relatam a alteração do pigmento azurite em paratacamite em pinturas murais na Europa (por exemplo, em Itália, Portugal e Áustria). O estudo das pinturas murais quinhentistas existentes na Igreja de S. Alessandro, na aldeia de Lasnigo (norte de Itália), permitiu detectar uma transformação irregular e heterogénea da azurite. É do conhecimento geral que este mineral se transforma em malaquite em ambientes com elevados níveis de humidade e em condições alcalinas e se transforma em cloretos básicos de cobre (atacamite, paratacamite, clinoatacamite) na presença de soluções contendo iões cloreto. Por difracção de raios X foi possível associar os compostos verdes a paratacamite. As restantes superfícies pintadas com azurite não revelaram quaisquer indícios de alteração, apesar da presença de cloretos. Vestígios de azurite foram encontrados dentro das incisões directas na cena da Crucificação, onde o pigmento azul original é actualmente inexistente. As condições microclimáticas parecem ter desempenhado um papel importante no processo, conjuntamente com a água e os cloretos. A superfície onde ocorreu a alteração é a única a ser aquecida ciclicamente pela radiação solar, o que provocou a migração de soluções com cloretos. A relação entre o ambiente e os processos químicos é um importante aspecto que interessa desenvolver.