Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Reaproveitamento de dormentes de madeira da estrada de ferro Carajás para a cogeração de energia elétrica

2017; Issue: 45 Linguagem: Português

10.5327/z2176-947820170209

ISSN

2176-9478

Autores

Fábio Gorayeb Damasceno, Valente José Matlaba, Jorge Filipe dos Santos, José Aroudo Mota,

Tópico(s)

Railway Engineering and Dynamics

Resumo

O descarte de resíduos de dormentes de madeira tem importância ambiental e econômica. Todavia, os estudos específicos que testam e avaliam a sustentabilidade de alternativas de sua destinação adequada praticamente são inexistentes. Este artigo avaliou os aspectos ambientais e econômicos do coprocessamento dos dormentes de madeira com biomassa florestal para produzir eletricidade em unidade termelétrica. Os procedimentos consistiram em aplicação de testes em branco e de queima utilizando métodos recomendados por instituições e agências nacionais e internacionais. Nesses testes foram coletadas amostras dos gases emitidos pela chaminé e cinzas residuais utilizando apenas biomassa de origem florestal. O experimento de queima consistiu na mistura de biomassa com dormentes de madeira triturada na proporção de 1/5. As comparações mostraram que os parâmetros da dimensão ambiental obtidos estavam nos limites estabelecidos para emissões atmosféricas na legislação ambiental brasileira de incineração de resíduos, exceto para material particulado e das dioxinas e furanos. Se existir um controle eficiente de emissões gasosas, especialmente destas últimas, os resultados mostraram que o reaproveitamento energético da madeira é ambientalmente sustentável. Na dimensão econômica, considerando certas premissas, tais como a potência da termelétrica de 5 MW, a produção nominal de 43.800 MWh por ano e o consumo de biomassa em torno de 70 mil t anuais, a substituição da biomassa por 20% de dormentes reduz em 19,2% o custo total anual da matéria-prima utilizada no processo de geração.

Referência(s)