Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Quimioterápicos Orais No Tratamento De Segunda Linha Do Carcinoma De Células Renais: Comparação De Custos E Perfil De Reações Adversas

2017; Elsevier BV; Volume: 20; Issue: 9 Linguagem: Português

10.1016/j.jval.2017.08.2570

ISSN

1524-4733

Autores

IM Albuquerque, JB Vieira, DP Sartori, JF Romero, V.D.S.L. Neto, Fernando M. Nunes, Pedro Henrique de Oliveira Rodrigues, Ana Clara Vilela Viana, Mac Gontei, AN Junior, EX Rodrigues,

Tópico(s)

Public Health in Brazil

Resumo

Comparar os custos e eventos adversos (EA) do everolimo, sorafenibe e axitinibe no tratamento de segunda linha do tratamento de Carcinoma de Células Renais (CCR) na perspectiva de uma Operadora de Planos de Saúde (OPS) de Fortaleza, Ceará-Brasil. Os dados foram retirados do Sistema da OPS, no qual se analisou os pacientes que falharam ou não eram elegíveis para a primeira linha de tratamento de CCR e que utilizaram everolimo ou sorafenibe entre 2012 a 2016. Os valores dos medicamentos já incorporados foram obtidos da tabela precificada da OPS, levando em consideração apenas os custos com medicamentos. O valor do axitinibe foi proveniente da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, utilizando preço de fábrica com imposto de 17%. As informações de EAs foram retiradas de ensaios clínicos de fase III. Atenderam os critérios de inclusão 32 pacientes, resultando em um gasto total de R$ 879.835,43. O custo com o sorafenibe foi de R$ 481.737,72 e com everolimo foi de R$ 398.097,71. Aplicando o mesmo cenário para o axitinibe, temos um custo de R$ 505.120,55, resultando em uma diferença de R$ 159.830,34 quando comparado ao everolimo. Com relação ao sorafenibe, o custo incremental foi de R$ 23.382,00. Dados da literatura que comparam axitinibe e sorafenib quanto aos EAs ≥ grau 3, demonstraram que os pacientes que usaram o primeiro tem menor chance de desenvolver a síndrome mão-pé, 6% versus 17% e maior chance de desenvolver hipertensão, 17% versus 12% (Motzer et al, 2013). Para o everolimo versus placebo, a principal preocupação com EAs ≥ grau 3 era pneumonite, que ocorreu em 4% dos pacientes (Motzer et al,2008). Os dados demonstram maior custo de tratamento do axitinibe, porém com melhor perfil de segurança, dependendo do estado geral do paciente, justificando sua análise caso a caso na rotina de auditoria da OPS.

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