Artigo Acesso aberto

O ICMS ecológico como instrumento econômico de melhorias ambientais e sociais em alguns municípios mineiros

2017; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais; Volume: 9; Issue: 3 Linguagem: Português

10.18406/2316-1817v9n320171008

ISSN

2316-1817

Autores

Flora Magdaline Benitez Romero, Liniker Fernandes da Silva Silva, Crismeire Isbaex, Eliana Boaventura Bernardes Moura Alves, Laércio Antônio Gonçalves Jacovine Jacovine, Márcio Lopes da Silva,

Tópico(s)

Agricultural and Food Sciences

Resumo

O enfoque da conservação e manutenção dos recursos naturais, assim como os mecanismos de reconhecimento e compensação, tem ganhado aceitação no ambiente de políticas públicas. Uma ação que demonstra isso é a criação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação deServiços Ecológico (ICMS Ecológico). Partindo-se do pressuposto de que vários municípios têm se aproveitado desse instrumento para aumentar suas receitas, sem aplicar corretamente esses recursos em medidas de preservação ambiental, o objetivo geral deste trabalho foi analisar a relação entre as variáveis socioeconômicas e ambientais com o montante de ICMS ecológico repassado pelo estado e recebido pelos municípios. Para tanto, dez municípios do estado de Minas Gerais foram selecionadose tiveram seus dados analisados durante o período de 2005-2010. As variáveis consideradas para análise foram: Investimento em Saneamento, Gestão Ambiental, População, Receita Total e Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal - IFDM. Para verificar as relações entre as variáveis foi utilizada a análise de componentes principais (PCA), que é uma técnica matemática da análise multivariada. Os resultados mostraram que o ICMS Ecológico não tem correlação com a aplicação de recursosem gestão ambiental e saneamento, bem como não apresenta relação com o desenvolvimento social dos municípios avaliados. O município de Extrema possui a menor arrecadação de ICMS Ecológico e, ao mesmo tempo, os maiores índices de desenvolvimento social e investimentos em gestão ambiental. Desta forma, conclui-se que a maior arrecadação do ICMS Ecológico não se traduz em maiores investimentos em saneamento e gestão ambiental, tampouco melhorias sociais.

Referência(s)