
Medicamentos isentos de prescrição: perfil de consumo e os riscos tóxicos do paracetamol
2017; Volume: 10; Issue: 3 Linguagem: Português
10.22280/revintervol10ed3.337
ISSN1984-3577
AutoresTatiana Paschoalette Rodrigues Bachur, Jhonattas Alexandre Barbosa Freitas, Marta Maria de França Fonteles, Matheus Eugênio de Sousa Lima, Teresa Maria de Jesus Ponte Carvalho,
Tópico(s)Drug-Induced Hepatotoxicity and Protection
ResumoOs Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) representam uma parcela importante na farmacoterapia mundial para tratamento de doenças e sintomas menores. Intoxicações relacionadas aos MIPs são frequentes e relevantes. Dentre os MIPs, destaca-se o paracetamol, um dos fármacos mais consumidos, sendo hepatotóxico em sobredosagens. Este estudo objetivou enfocar o risco tóxico do paracetamol isoladamente ou em associação com outros fármacos, consistindo em uma análise teórica, tipo revisão narrativa, utilizando as bases de dados SciELO, Bireme e PubMed e fontes como Lilacs, Medline, Microsoft e Google Academic, além de informações de sites de instituições oficiais e repositórios. Observou-se que analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios não-esteroidais (AINES), representam as classes mais consumidas no Brasil, destacando-se paracetamol, dipirona e ácido acetilsalicílico. Nas intoxicações por MIPs, assim como naquelas causadas por associações medicamentosas, os analgésicos e AINES predominam; o paracetamol destaca-se com índices superiores a 70%. Os mecanismos tóxicos do paracetamol envolvem geração de metabólito tóxico, disfunção mitocondrial e alteração da imunidade inata, acarretando comprometimento hepático, com manifestações clínicas variando de assintomáticas a sintomáticas, agravadas por fatores de risco como uso de álcool, desnutrição, doenças, como dengue, e medicamentos em uso concomitante. Neste contexto, o farmacêutico desempenha relevante papel na monitorização e prevenção de intoxicações por paracetamol.
Referência(s)