
Efeitos metabólicos e hematológicos de vasopressores em cães anestesiados com isofl uorano e submetidos a choque hemorrágico experimental
2012; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL; Volume: 40; Linguagem: Português
ISSN
1679-9216
AutoresAndré Vasconcelos Soares, Alceu Gaspar Raiser, Gabrielle Coelho Freitas, C Giglio, Rubia Gabriela Zancan, Taciele Gasparetto Cassel, Sônia Terezinha dos Anjos Lopes, Márcio Machado Costa, Verônica Souza Paiva Castro, Carlize Lopes,
Tópico(s)Anesthesia and Sedative Agents
ResumoIntroducao: O choque e denominado como um estado clinico resultante de suprimento inadequado de oxigenio aos tecidos podendo ocorrer em metabolismo celular alterado, morte celular e disfuncao ou falha de orgaos. O uso de fl uidos coloides e cristaloides durante a reanimacao do paciente em choque pode tornar-se um processo complicado. O hidroxietilamido e uma molecula com peso molecular variado, o qual determina o tempo em que a solucao permanecera dentro dos vasos pelo aumento da pressao oncotica e desde que houveram as primeiras descricoes do uso da solucao salina hipertonica a 7,5% para tratamento do choque hipovolemico, desenvolveram-se pesquisas signifi cativas no âmbito animal. O Cloridrato de dopamina atua como precursor na sintese de noradrenalina e adrenalina e a vasopressina aumenta a pressao sanguinea ao induzir uma vasoconstricao moderada sobre as arteriolas do corpo. O uso clinico rotineiro da vasopressina e muito limitado, sendo pouco conhecidas as doses que devem ser usadas para melhorar a hemodinâmica sem prejudicar a oferta tecidual de oxigenio. Materiais, Metodos e Resultados: Foram utilizados 24 caes adultos, SRD, pesando 10,84±3,3kg. Os animais foram induzidos a anestesia geral por meio da vaporizacao de isofl uorano, intubados e conectados a um sistema com reinalacao parcial de gases, e anestesia geral inalatoria com isofl uorano em vaporizador calibrado a 1CAM. Induziu-se a hipovolemia, por meio da retirada de 5 mL kg-1 min-1 de sangue da arteria femoral, ate que a pressao arterial media atingisse valores entre 45 e 50 mmHg. Apos 60 minutos mensurou-se os parâmetros basais e deu-se inicio aos tratamentos. Apos 10 minutos do tratamento expansor (4ml kg-1) os animais foram alocados aleatoriamente em quatro grupos, conforme a infusao continua que receberiam. No GD (dopamina, n=06, 10μg kg-1 min-1). Os animais do GDB (dobutamina, n=06, 5μg kg-1 min-1) e o GV (vasopressina, n=6, 0,02UI-1min-1) em infusao continua ambos em diluicao com NaCl 0,9%. O GC (n=6), grupo controle, contou apenas com o tratamento dos expansores. Os animais foram monitorados quanto hemogasometria do sangue arterial, hemograma, funcao bioquimica renal e hepatica e funcao de coagulacao, glicose e lactato. Os dados coletados foram submetidos a analise de variância, sendo que as medias entre grupos foram analisadas pelo Teste t e entre os tempos dentro do mesmo grupo pelo Teste de Tukey, sendo as diferencas consideradas estatisticamente signifi cativas quando P≤0,05. Ente grupos, as diferencas fi xaram-se basicamente em PaO2 (GV menor) e K+ (apenas um tempo com GV maior); e para plaquetas, tendo o GC o menor valor medio desta. Discussao: O aumento inicial da glicose sanguinea e devido a uma ativacao inicial da glicogenolise hepatica, detectando- -se hiperglicemia inicial. Os quatro grupos apresentaram acidemia, talvez um fator pelo pH do hidroxietilamido que e de 5,5. Na acidose metabolica por baixa perfusao tecidual a passagem de potassio para a celula e retardada pelo acumulo de protons hidrogenio. Conclui-se que a expansao da volemia com a associacao de hipertonica e coloide associada ou nao a dopamina, dobutamina ou vasopressina e eficaz na restauracao e estabilizacao metabolica; causando diluicao dos fatores sanguineos sem afetar significativamente as funcoes de coagulacao sanguineas e o grupo vasopressina (GV), embora nao estatisticamente significativo, demonstra uma tendencia clinica mais favoravel na restauracao dos padroes metabolicos de caes induzidos a choque hemorragico experimental.
Referência(s)