
“O PROBLEMA DE SÓCRATES”: um exemplo da fisiopsicologia de Nietzsche
2008; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ; Volume: 20; Issue: 27 Linguagem: Português
10.7213/rfa.v20i27.1801
ISSN1980-5934
Autores Tópico(s)Schopenhauer and Stefan Zweig
ResumoO objetivo deste artigo é interpretar o texto “O problema de Sócrates”de Crepúsculo dos ídolos utilizando como chave a definição depsicologia que aparece em Para além de bem e mal § 23: “psicologiaenquanto morfologia e teoria do desenvolvimento da vontade depotência”. Trata-se de uma autêntica fisiopsicologia, já que os impulsos,para Nietzsche, não são nem corpo nem alma, mas tendência de aumentode potência. Além do conceito de vontade de potência, a noção de vida,entendida como processo contínuo de autossuperação, é central para afisiopsicologia nietzschiana. Livre das concepções de bem e malabsolutos, a investigação nietzschiana não considera as produçõeshumanas boas ou más, mas sintomas da dinâmica de impulsos doorganismo que as produz: saudável, se afirma a vida, ou mórbida, se anega. No caso de Sócrates, sua filosofia metafísica é sintoma de doença(decadência ou anarquia dos instintos), pois rejeita o mundo e o corpo.
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