FANTASIA, SADISMO E DESTINO NO CONTO A ARANHA CARANGUEJEIRA E O QUIBUNGO: UM OLHAR PSICOSSEMIÓTICO SOBRE O MITO AFRICANO

2014; Volume: 19; Issue: 1 Linguagem: Português

ISSN

2446-7006

Autores

Maria Nazareth de Lima Arrais,

Tópico(s)

Literature, Culture, and Criticism

Resumo

Este artigo tem como objetivo apresentar uma analise psicossemiotica do conto A aranha caranguejeira e o quibungo, extraido da obra Contos Tradicionais do Brasil , publicada em 1986, por Camara Cascudo. O conto foi coletado entre os negros do Reconcavo Baiano, no ano de 1928, por Joao da Silva Campos. Esta e uma versao do conto (Hansen) Rabbit is thirsty and want drink from river guarded by tiger , tipo 74D e Animal allows himself to be tied so as avoid being carried off by storm , tipo 78A, classificado como Contos de animais , no Catalogo do Conto Popular Brasileiro de Nascimento(2005). O texto, foco da interacao, apresenta uma aranha que engana todos os animais com quem se relaciona. Para a construcao da significacao, buscamos suporte na teoria semiotica greimasiana ao lado das teorias do Inconsciente sob a perspectiva primeira de Jung, sem desconsiderar a base freudiana. Da semiotica, privilegiamos, para este texto, a actorializacao e a espacializacao que, ao encontro do objetivo de analise que busca encontrar imagens do inconsciente coletivo, direcionou a discussao a emergencia da anima, animus, persona, sombra e self. Da performance da aranha, como simbologia arquetipica de uma anima adoecida, ficou explicito o carater sadico com que ela fantasiosamente comanda o destino de varios outros atores.

Referência(s)