Artigo Acesso aberto Produção Nacional

A historiografia do Império Romano tardio: do Estado máximo ao Estado mínimo, e de volta outra vez

2017; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Issue: 176 Linguagem: Português

10.11606/issn.2316-9141.rh.2017.126047

ISSN

2316-9141

Autores

Uiran Gebara da Silva,

Tópico(s)

Economic Theory and Institutions

Resumo

Este artigo analisa os modelos conceituais de Estado utilizados pela historiografia sobre o Império romano tardio ao longo do século XX. A argumentação busca demonstrar que é possível observar uma alternância entre concepções opostas de Estado, ora maximalistas, ora minimalistas e que tais concepções quase sempre se apresentam como estruturas explicativas da história do Império romano tardio, considerando a extensão do Estado como causa da desarticulação ou da manutenção do sistema romano no Mediterrâneo. O texto analisa a historicidade dessas concepções, e demonstra sua conexão com o debate entre modernismo e primitivismo na economia antiga; critica igualmente os pressupostos e a quase ubiquidade das categorizações e ideologias liberais na historiografia (mesmo entre autores marxistas). Na conclusão demonstramos como a oposição historiográfica entre concepções minimalistas e maximalistas obscurecem o entendimento das relações de classe desenvolvidas no interior do sistema de governo imperial romano tardio.

Referência(s)