Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Percepção da perda auditiva: utilização da escala subjetiva de faces para triagem auditiva em idosos

2017; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA; Volume: 22; Issue: 11 Linguagem: Português

10.1590/1413-812320172211.277872016

ISSN

1678-4561

Autores

Letícia Pimenta Costa-Guarisco, Daniela Dalpubel, Ludimila Labanca, Marcos Hortes Nisihara Chagas,

Tópico(s)

Hearing, Cochlea, Tinnitus, Genetics

Resumo

Presbycusis is a disorder present among the elderly. However, it is under-diagnosed, making it important to develop and enhance simple screening tools.The subjective faces scale has been proposed as a method to assess auditory self-perception among the elderly, and its correlation with audiological tests.We looked at elderly patients referred to the audiology service of a reference center for the care of the elderly in a public university hospital between February and November 2013. Patients were submitted to meatoscopy, tonal and vocal audiometry and the whisper test. They also answered the subjective faces scale. A total of 164 elderly individuals participated, and the average age was 77.We found a good correlation between the subjective faces scale and audiometry thresholds (r = 0.66). Our results show that the faces and hearing loss correlate, with face 1 corresponding to normal hearing, face 2 to mild hearing loss, and face 3 to Grade I moderate hearing loss. When evaluating the psychometric qualities of the subjective faces scale, we found that faces 2 or 3 have good sensitivity and specificity, with the area under the ROC curve being 0.81.The subjective faces scale seems to be a good, low-cost and easy to use supplementary tool for auditory screening in geriatric services.A presbiacusia é uma alteração prevalente na população idosa, porém subdiagnosticada, desta forma, é importante aprimorar instrumentos de triagem simples. A escala subjetiva de faces foi proposta como forma de avaliar a autopercepção auditiva do idoso e sua correlação com exames audiológicos. Foram avaliados todos os pacientes encaminhados para o serviço de audiologia de um centro de referência de atenção à saúde do idoso no período de fevereiro a novembro de 2013. Os pacientes foram examinados por meatoscopia, audiometria tonal e vocal e responderam a escala subjetiva de faces e o teste do sussurro. Participaram 164 idosos com média de idade de 77 anos. Encontrou-se boa correlação entre a escala subjetiva de faces e o limiar audiométrico (r = 0,66). Houve correspondência entre as faces e o grau da perda auditiva, sendo a face 1 correspondente a audição normal, face 2 a perda auditiva leve e face 3 a perda auditiva moderada grau I. Ao avaliar as qualidades psicométricas da escala subjetiva de faces, verificou-se que as faces 2 e 3 apresentam bons índices de sensibilidade e especificidade, com área sob a curva ROC de 0,81. A escala subjetiva de faces parece ser um bom instrumento complementar de triagem auditiva em serviços gerontológicos, de fácil aplicação e baixo custo.

Referência(s)