Artigo Acesso aberto

“A POLUIÇÃO DA POBREZA”: A COBERTURA DAS CONFERÊNCIAS CLIMÁTICAS – ESTOCOLMO, 1972; RIO 1992; KIOTO 1997 E COPENHAGUE, 2009 – POR VEJA

2011; Volume: 12; Issue: 29 Linguagem: Português

10.7213/rec.v12i29.22379

ISSN

1982-8675

Autores

Ariane Pereira,

Tópico(s)

Education and Public Policy

Resumo

As práticas discursivas produzem e fazem circular sentidos na(s) sociedade(s). Dessa maneira, contemporaneamente,não podemos negar que os discursos midiáticos devem ser, seguindo Foucault, tomados como uma “superfície de emergência” dessas práticas discursivas. Assim, é possível afirmar que o discurso jornalístico intervém, não somente em práticas discursivas, mas, também e sobretudo em práticas sociais. Um exemplo disso é a construção e a disseminação dos discursos do “caos climático”, a partir de Uma Verdade Inconveniente, de Al Gore, em meados de 2006. Dessa maneira, a proposta dessa reflexão-conversa é analisar a importância dada aos discursos pró-verde e de “estamos devorando o planeta” nas coberturas (nos momentos imediatamente anteriores, posteriores e durante a realização)das conferências climáticas de Estocolmo (Suécia), Rio de Janeiro (Brasil), Kioto (Japão) e Copenhague (Dinamarca) realizadas, respectivamente, em 1972, 1992, 1997 e 2009, pela mais importante revistasemanal de informação brasileira (Veja). Assim, partindo da premissa de que os meios de comunicação, aqui sintetizados pelo jornalismo, ao (re)produzir discursos, legitimam modos de ver e estar no mundo, serão dissecadas quanti e qualitativamente as edições 197, 1237, 1238, 1239, 1525 e 2143. O objetivo é evidenciar que os constructos do jornalismo atual, como artefatos, se inserem em influentes redes discursivas entrelaçadas às outras redes, as de poder, que, assim, reforçam posições-sujeito condizentescom as práticas e os valores da sociedade neoliberal.

Referência(s)