
A LITERATURA DESVELANDO AS MAZELAS SOCIAIS: ALTERIDADE E EMPATIA POR UM OLHAR MAIS HUMANO AOS EXCUÍDOS SOCIAIS, SUAS LUTAS E FATORES CONTRIBUINTES PARA A PERPETUAÇÃO DA DESIGUALDADE SOCIAL E A MANIPULAÇÃO DAS MASSAS
2017; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA; Issue: 21 Linguagem: Português
10.13102/semic.v0i21.2431
ISSN2595-0339
Autores Tópico(s)Urban Development and Societal Issues
ResumoA sociedade contemporânea Ocidental vem enfrentando inúmeros problemas sociais que estão engendrados ao seu seio a alguns séculos, derivado dos processos de globalização, colonização e a própria cultura dos povos envolvidos neste processo. Fatores como violência, discriminação de raça gênero classe e social movem estas sociedades e fazem com que a convivência nas mesmas apresente problemas sociais de várias ordens. O Processo de Colonização a que foram submetidos alguns países hoje considerados como subdesenvolvidos deixou marcas desastradoras, pois partiu de uma iniciativa de grandes países Europeus que lançaram-se além mar a busca de riquezas e para tal invadia terras alheias e delas se apropriavam, bem como dos povos autóctones que ali viviam dando início a um processo de aculturação. A língua a ser falada teria que ser a do dominador bem como a religião a seguir e a cultura, deixando para segundo plano ou plano algum a cultura dos povos “encontrados”. Estes aspectos foram os principais pivores para o desenvolvimento de sociedades desiguais quais fazemos parte. Vimos na literatura a possibilidade de estudar estas sociedades e a sociedade brasileira e dentro das narrativas destas literaturas nos deparamos com estórias e personagens que desenham a dinâmica destas populações em sua maioria ocidentais e capitalistas que tem na sua formação a disparidade do contraste, pois, poucos são muito ricos e a grande maioria pobre.Os povos indígenas e africanos que habitavam os países invadidos pelos colonizadores ainda hoje sofrem discriminação e preconceito quanto a sua etnia e cultura. Encontramos em alguns autores como Jorge Amado uma narrativa que descreve a vivência dos brasileiros pobres que vivem nas favelas e nos guetos traçando um desenho de um país que infelizmente está longínquo de alcançar uma sociedade justa com direitos iguais para todos num período que predominava a Ditadura Militar no Brasil. Jorge Amado além de expor os problemas sociais em seus livros traz a baila tudo aquilo que a sociedade compartilhava mas, não queria ver ou assumir a cultura negra em foco a religião e a vida do pobre que a poucos interessa, mas que nos seus romances são temas principais dando voz a quem antes não tinha. Este Baiano escritor conseguiu com seus romances dar visibilidade a milhões de pessoas que passam pelos mesmos problemas trazidos pelo processo dito como “civilizatório” que logo após teve como complemento o capitalismo que acolheu estes povos que saiam de um tipo de escravidão para adentrar em outra, a da alienação e do fetiche que globalizou a escravidão, agora não apenas de negros e índios mas de pobres. Questões de gênero também costumam ser problemáticas nestas sociedades, pois são em sua maioria patriarcais e tiveram na religião a difusão de preconceitos que subordinavam e demonizavam a mulheres e homossexuais. Além de Jorge Amado tivemos como suporte alguns outros autores e estudiosos nacionais e internacionais que enriqueceram a fundamentação das nossas pesquisas, trabalhamos a Literatura comparado como norteadora para nossas comparações sejam elas convergentes ou divergentes apontando o que estas trazem em comum ao nosso meio de convívio social.
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