Artigo Revisado por pares

Octavio Paz lê Matsúo Bashô

2015; Volume: 24; Issue: 37 Linguagem: Português

ISSN

0104-6675

Autores

Helena Martins,

Tópico(s)

Linguistics and Education Research

Resumo

Este texto reflete sobre a leitura que fez Octavio Paz do grande poeta japones do seculo XVII, Matsuo Basho. Concentra-se na traducao de Oku no Hosomichi, o mais famoso dos diarios de viagem de Basho – uma traducao que Paz realiza em parceria com Eikichi Hayashia e publica pela primeira vez em 1955, sob o titulo Sendas de Oku. Dispondo-se a auscultar a respiracao contemporânea desse particular encontro entre ocidente e oriente, encenado mais de meio seculo atras, o artigo busca sublinhar os modos singulares pelos quais Paz da a ver a persistencia de um estranho nos escritos de Basho – algo que promete passar ao largo tanto das (hoje moribundas) narrativas exotizantes do oriente, quanto da marcha cega e voraz de igualacao do nao igual que parece se fazer sentir em toda parte, como destino inexoravel. Ganha aqui uma atencao sugestiva o fato (trivial?) de que, ao traduzir Basho, Paz se dispoe a traduzir uma lingua que ignora.

Referência(s)