RESILIÊNCIA, ORIENTAÇÃO SEXUAL E AMBIENTE DE TRABALHO: UMA CONVERSA POSSÍVEL?
2017; CENTRO UNIVERSITARIO FEI; Linguagem: Português
10.24857/rgsa.v0i0.1365
ISSN1981-982X
AutoresHélio Arthur Reis Irigaray, Cristina Chaves Goldschmidt, Luiz Gustavo Mauro de Queiroz,
Tópico(s)Youth, Politics, and Society
ResumoO objetivo desta pesquisa foi discutir as estratégias de sobrevivências dos homossexuais masculinos, nos ambientes de trabalho, à luz dos conceitos de resiliência e adaptabilidade. Para tal entrevistamos profissionais homossexuais masculinos de empresas no Rio de Janeiro e São Paulo, entre 2005 e 2013. Estas entrevistas foram transcritas e submetidas à análise do discurso. Ficou evidente que os indivíduos em questão demonstraram, por meio de suas narrativas, adotarem comportamentos convergentes com a denominada “resiliência performativa”. No limite, tais profissionais buscam adotar comportamentos que os tornem conformes e aceitos perante as normas sociais vigentes; todavia, esta estratégia de sobrevivência resulta em psicológicos. Tais custos se traduzem nos esforços que precisam realizar para superar situações de estresse recorrentes em suas vidas, advindas de possível discriminação ou preconceito – real, iminente ou meramente percebido. Há indícios de que estes indivíduos se mantem ajustados socialmente, bem como sejam superficialmente adaptados, mas que, em contraponto, ainda vivam em angústia ou omissão. O tornar-se resiliente e adaptável nesse caso se faz com possíveis prejuízos à saúde psicológica e ao desempenho profissional desse grupo.
Referência(s)