Artigo Produção Nacional Revisado por pares

TRATAMENTO CLÍNICO DA APENDICITE AGUDA: RELATO DE CASO

2017; Frederico Kauffmann Barbosa; Volume: 14; Issue: 36 Linguagem: Português

ISSN

1807-8850

Autores

Bárbara Alves Rhomberg, Mayra Moraes Barros Silva, Daniel Dantas De Oliveira, Guines Antunes Alvarez, Monica Mazzurana Benetti, João Paulo Pinheiro Ortega, Heitor Franco De Godoy, Bruno Barreiro, Amer Abdul Basset El Khatib,

Tópico(s)

Appendicitis Diagnosis and Management

Resumo

INTRODUCAO: A apendicite aguda e uma causa comum de dor abdominal aguda e a causa mais frequente de cirurgia abdominal de emergencia. Sabe-se que seu manejo tradicional e a apendicectomia, mas que o uso de antibioticos apresenta papel fundamental no seu manejo seja como antibioticoterapia ou somente na profilaxia. O objetivo desse relato e apresentar caso clinico de paciente com apendicite aguda tratada clinicamente e discutir aspectos relevantes. CASO: I.U.D.S, masculino, 58 anos, hemofilico, diabetico, ex-etilista/tabagista deu entrada no pronto socorro com queixa de dor abdominal, em fossa iliaca direita ha quatro dias. Negava alteracao do habito intestinal, nauseas, vomitos, febre e/ou disuria. Ao exame fisico apresentava abdome plano e doloroso a palpacao da fossa iliaca direita com massa palpavel endurecida na mesma regiao, ruidos hidroaereos diminuidos e descompressao brusca negativa. Tambem era evidente a presenca de hernia inguinal bilateral sem sinais de encarceramento. A primeira hipotese diagnostica foi tumor de colon direito e para tal finalidade diagnostica solicitou-se tomografia de abdome. Esta apresentou laudo sugestivo de apendicite aguda bloqueada. Optou-se por tratamento nao operatorio, visando diminuir complicacoes devido condicao hemofilica do paciente, alem do mesmo apresentar-se clinicamente estavel, sem sinais de sepse grave, plastrao palpavel e com pequena colecao bloqueada. Foi iniciado antibioticoterapia com Ceftriaxone e Metronidazol por sete dias e o paciente teve evolucao clinica satisfatoria. Realizou-se tomografia computadorizada de controle ao final desse periodo que apresentou melhora radiologica significativa em comparacao com exame anterior. Nesta data, o paciente teve alta com prescricao de Ciprofloxacino e Metronidazol por via oral, alem de ser orientado a retornar em sete dias para controle tomografico. Ao retorno, o paciente permanecia assintomatico e a tomografia computadorizada nao evidenciou sinais inflamatorios ou infecciosos, demonstrando resolucao radiologica e clinica com o uso de antibioticoterapia. CONCLUSAO: O manejo da apendicite aguda permanece controverso, tanto na discussao da necessidade ou nao de cirurgia quanto em relacao a via de acesso, laparoscopica ou aberta. Ate o momento, sabe-se que a escolha do tratamento dependera das caracteristicas clinicas de cada paciente e dos recursos disponiveis e que, o tratamento nao cirurgico da apendicite como unica estrategia, tem como objetivo reduzir os custos e diminuir as complicacoes relacionadas a cirurgia ou a resseccao do orgao. PALAVRAS-CHAVES: apendicite, apendicectomia, antibioticos, cirurgia

Referência(s)