
ASCENSÃO E CRISE DO GOVERNO DILMA ROUSSEFF E O GOLPE DE 2016: PODER ESTRUTURAL, CONTRADIÇÃO E IDEOLOGIA
2017; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO; Volume: 21; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/198055272129
ISSN1980-5527
Autores Tópico(s)Housing, Finance, and Neoliberalism
ResumoRESUMO O artigo procura entender o governo Dilma Rousseff e o Golpe de 2016 levando em consideração o poder estrutural do capital financeiro e as contradições inerentes aos modelos de crescimento econômico e coalizão política observados desde o governo Lula. Argumenta-se que o projeto econômico do governo Rousseff procurava superar algumas destas contradições. O governo, contudo, não foi capaz de realizar nem as reformas institucionais nem as repactuações políticas necessárias para o sucesso de seu projeto, em contexto de desaceleração cíclica e aguçamento da concorrência internacional e dos conflitos sociais no Brasil. A política econômica é avaliada desde a austeridade de 2011 até a de 2015, passando pela chamada Nova Matriz Econômica e seu desmonte gradual em 2013. Analisa-se as origens da unificação da burguesia em torno a um programa neoliberal em 2016, assim como a relação entre a revolta das camadas médias e o ataque político-judicial resultante no Golpe de 2016.
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